Após três anos da aprovação do Plano, recomenda-se que cada meta seja avaliada, prosseguindo essa avaliação a cada dois anos. Os indicadores para avaliação das metas propostas são:
- Percentagem (%) de vias com passeios adequados à existência de uma acessibilidade universal;
- Aumento das áreas pedonais na zona central da cidade (m2);
- Quantidade de pontos de partilha de bicicletas;
- Percentagem (%) de deslocações inferiores a 4 km realizadas em bicicleta;
- Extensão (metros) de faixas que priorizam o transporte coletivo rodoviário;
- Percentagem (%) de paragens cobertas do sistema de TP;
- Taxa de motorização do município (automóvel/1000 habitantes);
- Quantidade de ocupantes por veículo;
- Percentagem de redução do número de vítimas mortais decorrentes de acidentes;
- Percentagem da área central da cidade abrangida por medidas de gestão do estacionamento;
- Redução das emissões associadas ao sistema de transportes;
- Percentagem da divisão modal correspondente ao veículo individual motorizado transferida para os modos sustentáveis.
O Plano deve ser revisto aos cinco anos e, no caso de se verificar, através da observação de tendências, que as metas não poderão ser alcançadas, propõe-se uma reavaliação das ações propostas ou mesmo um ajustamento das metas. Após dez anos do início da implementação do Plano, o mesmo deve ser avaliado e totalmente revisto e atualizado.
Além dos indicadores associados às metas propostas, recomenda-se ainda o acompanhamento de outros parâmetros, dos quais se destacam:
- Sócioeconomia
- População residente
- População por grupos etários
- Taxa de emprego
- Rendimento familiar médio mensal por escalões
- Ordenamento do Território
- População cidade vs População do município
- Superfície da cidade vs superfície do município
- Densidade populacional da cidade vs densidade município
- Ambiente
- Emissão de gases poluentes
- Emissões por Passageiro.km (transporte público rodo e ferroviário)
- Emissões por Veículo.km (transporte público rodo e ferroviário)
- Qualidade do Ar: Concentração de Contaminantes (NO2 e PM10)
- Dias por ano em que os valores limite de qualidade do ar não são cumpridos
- Idade média dos veículos (transporte individual e transporte público)
- Energia
- Venda de combustíveis por tipo
- Consumo de Energia Elétrica no setor dos transportes
- Evolução dos preços dos diferentes tipos de combustíveis e eletricidade
- Consumos de energia por passageiro.km (transporte público rodo e ferroviário)
- Consumos de energia por veic.km (transporte público rodo e ferroviário)
- Percentagem de veículos energias alternativas no total veículos
- Infraestrutura
- Extensão de estradas (Nacional e Municipal) por habitante e por superfície
- Extensão de via-férrea por habitante e por superfície
- Volumes de tráfego nas vias concessionadas às Infraestruturas de Portugal
- Oferta de estacionamento pago na via pública
- Oferta de estacionamento em parques
- No de dísticos de residentes atribuídos
- Tarifas da 1a hora na via pública
- Serviços
- Lugares.km oferecido por modo de transporte público
- Produção de serviços de transporte público por modo
- Extensão das redes de transporte público por modo
- Densidade da rede de transporte público por modo, por habitante e por superfície
- Densidade da oferta de transporte público por modo e por habitante
- Densidade da oferta de transporte público por modo e por superfície
- Número paragens por km por modo de transporte público
- Número de estações por linha
- Toneladas transportadas anualmente (regional; nacional; internacional)
- Toneladas transportadas por km
- Mobilidade
- Nº de viagens por pessoa e por dia
- Tempo médio de duração das viagens casa-trabalho-casa
- Extensão das viagens casa-trabalho-casa
- Percentagem da população não móvel
- Repartição modal viagens casa-trabalho/escola-casa
- Percentagem das viagens por “outros motivos” no total viagens
- Distribuição de tráfego nacional por classes de distância
- Tecnologias
- Número de veículos de transporte público a operar com bilhética sem contacto
- Número de veículos particulares a usar GPS
- Número de paragens de Transporte Público com Sistemas de Informação
- Segurança e Satisfação
- Nível de sinistralidade na rede rodoviária
- Mortos e feridos por acidentes rodoviários
- Peões e ciclistas envolvidos em acidentes rodoviários
- Níveis de satisfação dos usuários dos serviços de transportes públicos
- Acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida
- No de lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida em parque e na via pública
- No de veículos de transporte público com piso rebaixado
- No de veículos de transporte público com informação sonora
- No de paragens acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida
- No de paragens com informação adaptada a pessoas com necessidades especiais
- No de táxis adaptados a pessoas com mobilidade reduzida
- No de passagens de peões adaptadas a pessoas com mobilidade reduzida
- Extensão da rede pedonal com percursos acessíveis superiores a 1,2m e 1,5m de largura
Para a monitorização e acompanhamento destes indicadores recomenda-se a criação de um Observatório de Mobilidade, estrutura já obrigatória em alguns países, ou a alimentação de observatório intermunicipal que se venha a criar na região).
Este deve recolher e analisar a informação sobre os indicadores propostos e divulgar a informação resultante junto aos principais stakeholders e munícipes em geral. Assim, avalia-se de forma sistemática o nível de sucesso das medidas e ações implementadas, sem interferência dos ciclos políticos.