O presente capítulo sintetiza sobre a forma de fichas, as medidas apresentadas no âmbito do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de LagoaMobilidade e Transportes de Faro1 e que operacionalizam o conceito de intervenção desenvolvido na Fase II do estudo.
Nota 1 | Na redação original diz de facto Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Lagoa, o que julgamos ser uma gralha porventura resultante de um excessivo copy & paste de um certo e determinado projeto anterior realizado para o município de Lagoa.
As medidas são assim apresentadas sobre a forma de “Fichas de Ação”, que se pretende que se constituam como documentos orientadores de cada uma das intervenções propostas. Em cada ficha constam as componentes principais, que se consideram relevantes para a implementação das medidas:
-
Designação da Ação – contém o nome atribuído à ação;
-
Objetivos estratégicos – identificam os objetivos estratégicos para os quais a ação contribui;
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Objetivos específicos - identificam os objetivos específicos nos quais a ação se enquadra;
-
Descrição – apresenta a caracterização da ação para a sua efetiva compreensão;
-
Entidade responsável – identificação da(s) entidade(s) responsável(eis) pela execução/promoção da intervenção;
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Outras entidades a envolver – identificação da(s) entidade(s) a envolver na execução da intervenção;
-
Temporalidade – que corresponde à indicação da primazia de ordem de realização da intervenção decorrente do que se considera ser a prioridade em termos de horizonte temporal para a sua concretização. Assim, adotou-se a seguinte classificação:
- o Curto prazo – ações a executar até 2017;
- o Médio prazo – ações a executar até 2020;
-
o Longo prazo – ações a executar até 2025.
-
Interdependências – apresenta a ação ou conjunto de ações que estão relacionadas e que, desenvolvidas no conjunto, permitem atingir de forma mais cabal os objetivos definidos.
- Resultados esperados – enunciação dos efeitos espetáveis com a implementação da ação.
Figura 94 | As grandes estratégias e os objetivos específicos do PMT de Faro. Fonte: mpt®, 2016.
Figura 95 | Relação entre as ações propostas e os objetivos estratégicos do PMT de Faro. Fonte: mpt®, 2016.
Fichas de Ação
FARO.01
Designação da Ação
P1 - Disponibilizar um site que integre todos os modos de transporte e desenvolver uma aplicação gratuita para plataforma móvel que disponibilize informação para os utilizadores do Transporte Coletivo Rodoviário.
Objetivos Estratégicos
-
Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte;
-
Fomentar a mudança de comportamentos e incentivar o uso dos modos sustentáveis nas empresas e nos munícipes através da informação, comunicação e educação.
Objetivos Específicos
-
Mais do que multimodalidade (existência de diversos modos de transporte), pretende-se que haja intermodalidade (integração desses mesmos modos). Destacam-se os sistemas park&ride e bike&ride, a possibilidade de transporte de bicicletas nos autocarros, a implementação de plataformas intermodais e a integração da bilhética;
-
Utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para a promoção de uma Mobilidade Sustentável.
Descrição
Recomendou-se o desenvolvimento de uma aplicação para plataformas móveis com informação acerca do transporte coletivo, refletindo-se na qualidade da mobilidade urbana, neste caso do Transporte Coletivo Rodoviário. Esta aplicação permitiria a consulta de horários e frequências; visualização de mapas de rede e de linhas; informação acerca de tarifários e a programação da rota da viagem através da definição do destino (inclui transbordos e paragens). Também se propôs a disponibilização de um site que integre todos os modos de transporte.
Entidades Responsáveis
- C.M. de Faro
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Operadores de Transporte
Temporalidade
Médio Prazo
Custo previsto
100.000 EUR
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Os mais recentes avanços tecnológicos podem contribuir de forma muito efetiva para uma mobilidade sustentável. Estas ações permitem, através da facilidade e rapidez no acesso à informação, contribuir para elevados índices de conforto e potenciar o uso dos modos sustentáveis. As medidas que se encontram nesta ficha utilizam a internet como interface de comunicação entre os operadores\Município e os (potenciais) utilizadores.
FARO.02/03
Designação da Ação
- P2: Implementar um quiosque de info-mobilidade (centro de mobilidade)
- P3: Criar uma plataforma intermodal
Objetivos Estratégicos
- Promoção da intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte; - Fomentar a mudança de comportamentos e incentivar o uso dos modos sustentáveis nas empresas e nos munícipes através da informação, comunicação e educação.
Objetivos Específicos
- Mais do que multimodalidade (existência de diversos modos de transporte), pretende-se que haja promoção da intermodalidade (integração desses mesmos modos). Destacam-se o sistema park&ride e bike&ride, a possibilidade de transporte de bicicletas nos autocarros, a implementação de plataformas intermodais e a integração da bilhética;
- Organizar campanhas de educação e sensibilização, direcionadas para os munícipes e empresas, acerca da temática da mobilidade urbana sustentável.
Descrição
Recomendou-se a implementação de uma plataforma intermodal que integre o transporte coletivo rodoviário (urbano e intermunicipal) e ferroviário (pesado e ligeiro), o transporte individual motorizado, as bicicletas e os peões.
Um dos objetivos é proteger a cidade da entrada de automóveis, oferecendo condições de excelência de deslocação para a mesma em modos sustentáveis. Outro dos objetivos é tornar possível a integração das viagens intermunicipais em transporte coletivo (ferroviário e/ou rodoviário).
Aproveitando essa infraestrutura, propôs-se igualmente a criação de um quiosque que venda todo o tipo de serviços de mobilidade, incluindo bilhetes para o transporte coletivo, e forneça informações, para os percursos definidos pelos utilizadores, sobre as diferentes alternativas em modos sustentáveis.
Entidades Responsáveis
- C.M. de Faro
Outras Entidades a envolver
- CIMAL
- Operadores de Transporte
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais Entidades Empregadores
Temporalidade
Curto/Médio Prazo
Custo previsto
- P2: 150.000 EUR
- P3: Informação não disponível
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
Implementar novas vias.
Resultados Esperados
A existência de uma plataforma intermodal é uma das formas mais efetivas de se promover a intermodalidade, sendo que esta é considerada essencial para a redução da importância do veículo individual motorizado. Assim sendo, espera-se uma redução progressiva do peso do automóvel na divisão modal da cidade e, por outro lado, um aumento do uso dos modos sustentáveis.
Através da integração horária do transporte coletivo rodoviário urbano e intermunicipal espera-se uma redução dos tempos de transbordo entre estes dois modos. Com a implementação de um quiosque de info-mobilidade espera-se um aumento progressivo do reconhecimento da importância desta temática por parte da população de Faro.
FARO.04
Designação da Ação
P4 – Eixos prioritários de intervenção
Objetivos Estratégicos
Promover o modo pedonal.
Objetivos Específicos
Disponibilizar infraestrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei.
Descrição
As cidades, incluindo Faro, vão sofrendo inevitáveis mutações no seu desenho e forma, que muitas vezes não se coadunam com um dos principais paradigmas da sociedade dos nossos dias: Acessibilidade e Mobilidade para Todos. Na fase de caracterização e diagnóstico foram identificadas uma série de barreiras à existência de uma Acessibilidade Universal. Assim, recomendou-se a análise de todos os passeios da cidade, verificando a existência de uma acessibilidade universal, que promova uma maior continuidade e homogeneidade dos mesmos, respeite as larguras mínimas (1,20 metros), coloque o mobiliário urbano no que se designa por “canal de infraestruturas”, entre outros parâmetros - verificar se o Decreto-Lei n.o 163/2006 de 8 de Agosto é cumprido. Para ser possível estabelecer prioridades na revitalização dos passeios, optou-se pela definição de linhas de desejo pedonais (eixos prioritários, que se encontram divididos em dois grupos – no relatório ver Figura 6).
De seguida, propõe-se a adoção de cinco Perfis-tipo, definidos de acordo com os princípios e normas legais em vigor, capazes de se adaptarem à cidade de Faro. Resumidamente, pretende-se adequar os passeios tendo em vista uma rede segura, atrativa, confortável, legível, contínua e respeitando os princípios de uma acessibilidade universal.
Entidades Responsáveis
C.M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Operadores de Transporte
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais Entidades Empregadoras
- Escolas
Temporalidade
Curto/Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
- Nível 1: 5.000.000 EUR
- Nível 2: 10.000.000 EUR
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Aumento das condições para o uso do modo pedonal, nomeadamente a segurança no convívio com os carros, e consequente aumento do peso deste modo na divisão modal da cidade. As pessoas com mobilidade reduzida seriam especialmente beneficiadas com esta ação.
FARO.05
Designação da Ação
P5 - Ampliar a zona pedonal existente.
Objetivos Estratégicos
- Promover o modo pedonal;
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Objetivos Específicos
- Disponibilizar infraestrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei;
- Potenciar os passeios como um forte fator de socialização, além da sua função natural de circulação;
- Implementar mobiliário urbano em grande escala, utilizar o papel da arquitetura em termos culturais, estabelecer mais espaços verdes, permitir mais esplanadas em áreas car-free e organizar eventos e atividades culturais, como formas de humanizar o espaço público e chamar mais pessoas à rua, potenciando uma vivência em espaço urbano com algumas das vantagens das zonas situadas nos subúrbios. Estas atividades vão desde exposições e concertos à exibição de filmes ao ar livre;
- Implementar medidas progressivas, temporal e espacialmente, universais ou descriminando positivamente alguns segmentos populacionais ou atividades econômicas, de restrição à permanência e circulação de automóveis no município. Estas medidas incluem técnicas de acalmia de tráfego, implementação do conceito zona 30, proibição de automóveis em algumas áreas da cidade temporária ou permanentemente e eventos que impliquem a interrupção do tráfego automóvel;
- Diminuir progressivamente a circulação de automóveis na zona central/histórica da cidade.
Descrição
Propõe-se a extensão da zona pedonal da cidade nas seguintes áreas:
- Rua João Dias;
- Travessa Castilho;
- Rua Castilho;
- Área entre a Rua da Misericórdia e a Rua João Dias;
- Via que faz a ligação entre a zona pedonal existente e a Praça Ferreira de Almeida;
- Via de acesso à Doca de Recreio (Passeio de Abu Said Ibn Harune).
As áreas propostas para a extensão da zona pedonal pretende aumentar a permeabilidade entre as áreas pedonais já existentes e, no caso da zona envolvente das docas, contribuir para a minimização do efeito barreira criado pela linha ferroviária, potenciando a identidade ribeirinha da cidade.
Entidades Responsáveis
C.M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- CIMAL
- Operadores de Transporte
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais Entidades Empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
1.130.000 EUR
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
O resultado esperado é aumentar progressivamente a consciência da população da cidade de Faro para o ganho de qualidade de vida que advém de espaços humanizados, sem a interferência de veículos motorizados.
FARO.06
Designação da Ação
P6 - Implementar uma zona pedonal em toda a extensão da área muralhada da cidade.
Objetivos Estratégicos
- Promover o modo pedonal;
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Objetivos Específicos
- Disponibilizar infraestrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei;
- Potenciar os passeios como um forte fator de socialização, além da sua função natural de circulação;
- Implementar mobiliário urbano em grande escala, utilizar o papel da arquitetura em termos culturais, estabelecer mais espaços verdes, permitir mais esplanadas em áreas car-free e organizar eventos e atividades culturais, como formas de humanizar o espaço público e chamar mais pessoas à rua, potenciando uma vivência em espaço urbano com algumas das vantagens das zonas situadas nos subúrbios. Estas atividades vão desde exposições e concertos à exibição de filmes ao ar livre;
- Implementar medidas progressivas, temporal e espacialmente, universais ou descriminando positivamente alguns segmentos populacionais ou atividades econômicas, de restrição à permanência e circulação de automóveis no município. Estas medidas incluem técnicas de acalmia de tráfego, implementação do conceito zona 30, proibição de automóveis em algumas áreas da cidade temporária ou permanentemente e eventos que impliquem a interrupção do tráfego automóvel;
- Diminuir progressivamente a circulação de automóveis na zona central/histórica da cidade.
Descrição
Esta medida tem como principal objetivo transmitir um sinal muito claro à população da cidade: a prioridade das políticas públicas relativas à mobilidade urbana é a circulação de pessoas e não de veículos. Ou seja, o objetivo da criação desta zona pedonal é chamar as pessoas para a rua.
Assim, seria oferecido uma zona pedonal na área muralhada da cidade, usufruindo do espaço ribeirinho existente, abrangendo serviços e equipamentos relevantes da cidade (a Figura 15 do relatório apresenta a proposta de implementação da zona pedonal em toda a extensão da área muralhada da cidade).
Foi definido o sistema de controlo de entradas neste espaço. Assim, é fundamental, tanto nas zonas pedonais existentes como nas vias propostas, a existência de mobiliário urbano, especialmente bancos, mesas, cicloparques, parques infantis e equipamentos desportivos, e a organização de atividades culturais, como exposições e concertos. Sugere-se que nos fins-de-semana haja a organização de, pelo menos, uma atividade cultural.
Entidades Responsáveis
C.M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Operadores de Transporte
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais Entidades Empregadoras
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
12.245.000 EUR
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Oferecer uma zona pedonal em toda a extensão da área muralhada da cidade, abrangendo serviços e equipamentos relevantes da cidade. Outro dos objetivos e resultado esperado é aumentar progressivamente a consciência da população da cidade de Faro para o ganho de qualidade de vida que advém de espaços humanizados, sem a interferência de veículos motorizados.
FARO.07
Designação da Ação
P7- Construir uma ponte pedociclável entre Montenegro e o Parque Ribeirinho de Faro.
Objetivos Estratégicos
- Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;
- Promover o modo pedonal.
Objetivos Específicos
- Potenciar o uso da bicicleta como principal modo de deslocação nas deslocações com distâncias compreendidas entre 1 e 4 km;
- Oferecer todas as condições para a utilização da bicicleta em segurança, especialmente através da construção de infraestrutura para o seu uso, nomeadamente faixas e pistas cicláveis, com prioridade para aquelas que liguem os principais polos geradores de tráfego e as que conectem terminais ou paragens de transporte coletivo;
- Disponibilizar infraestrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei;
- Potenciar os passeios como um forte fator de socialização, além da sua função natural de circulação.
Descrição
Esta ponte tem como objetivo minimizar o efeito barreira criado pela zona lagunar existente entre a freguesia Montenegro e a União das Freguesias de Faro (Sé e São Pedro). De facto, apesar destas freguesias distarem apenas 1,5 km em linha reta, a distância real de deslocação, pelas vias, é muito maior (ver Figura 20 do relatório).
Os modos suaves terão uma vantagem competitiva em relação ao veículo individual motorizado, aumentando-se a permeabilidade para os primeiros e diminuindo a mesma para os últimos (ver Figura 21 do relatório). A ponte será sempre um pouco intrusiva em termos visuais, sugerindo-se que seja feita de madeira e que tenha espaços mais largos ao longo do percurso para que as pessoas possam parar e usufruir da vista. Esta ponte servirá tanto os movimentos pendulares como as deslocações de lazer/recreio.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais Entidades Empregadoras
- Escolas
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
- Redução das distâncias e diminuição do tempo de deslocação entre Faro e Montenegro;
- Incremento dos movimentos pendulares e deslocações de lazer/recreio em modos suaves.
FARO.08/09/10
Designação da Ação
Aumentar a segurança e conforto dos atravessamentos pedonais:
- P08: Implementar passadeiras bem dimensionadas nos caminhos pretendidos pelos peões, com rampas nos passeios (rebaixamento dos passeios);
- P09: Implementar passadeiras sobrelevadas e elementos indicativos nos eixos com maiores conflitos peão-automóvel;
- P10: Disponibilizar os tempos de espera/andamento para peões nos semáforos dos atravessamentos pedonais.
Objetivos Estratégicos
Promoção do modo pedonal.
Objetivos Específicos
Disponibilizar infraestrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei.
Descrição
As passadeiras são infraestruturas fundamentais para a continuidade e segurança dos percursos pedonais. Estas são áreas de conflito devido à partilha de espaço entre os peões e o tráfego rodoviário. Assim, de forma a se proteger o peão, são elencadas as dimensões que devem ser seguidas na projeção das passadeiras para diferentes tipologias de passeios, além de se referir a importância da localização das mesmas (seguindo o princípio de minimização de distâncias).
Recomenda-se que se implemente passadeiras sobrelevadas e elementos indicativos nos pontos com maiores conflitos peão-automóvel (eixos com maior potencial de deslocações pedonais – no relatório ver Figura 5) e nas ruas com maior número de atropelamentos:
- Avenida Cidade Hayward;
- EN125 (da futura estação intermodal até ao Segundo Anel propõe-se uma descida do nível hierárquico da via, que será refletida na hierarquia viária);
- Rua do Alportel;
- Avenida Calouste Gulbenkian;
- Avenida Doutor Júlio Filipe de Almeida Carrapato;
- EN2;
- Rua Doutor José de Matos;
- Estrada da Penha (em parte do seu trajeto faltam passeios, sendo estes imprescindíveis face ao número de atropelamentos existentes).
É igualmente sugerido que nas zonas com maior fluxo potencial de peões (no relatório ver Figura 5) sejam disponibilizados os tempos de espera/andamento nos semáforos.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais Entidades Empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
- P8: 2.000 EUR/unidade.
- P9: 2.000 EUR/unidade.
- P10: 5.000 EUR/unidade.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
O principal resultado esperado é um aumento da segurança dos peões e consequente redução do número de atropelamentos. Outro dos resultados esperados é o aumento das condições para o uso do modo pedonal, nomeadamente a redução das distâncias de percurso.
FARO.11
Designação da Ação
P11 | Revitalizar e formalizar o percurso da Ecovia do Algarve que integra o Município de Faro.
Objetivos Estratégicos
Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual.
Objetivos Específicos
Oferecer todas as condições para a utilização da bicicleta em segurança, especialmente através da construção de infraestrutura para o seu uso, nomeadamente faixas e pistas cicláveis, com prioridade para aquelas que liguem os principais polos geradores de tráfego e as que conectem terminais ou paragens de transporte coletivo.
Descrição
Esta revitalização inclui uma pequena mudança no troço do percurso situado na doca de recreio: no traçado original a Ecovia passa pelo interior da doca enquanto na proposta esta passa pela parte exterior, contribuindo para a identidade ribeirinha da cidade. Aliás, no novo projeto de execução do porto de recreio já se encontra prevista uma ciclovia neste local. Esta mudança pretende formar um “corredor verde” contínuo para ciclistas ao longo da linha de costa (no relatório ver Figura 35).
Sempre que possível esta implementação e reabilitação deve passar pela construção de uma ciclovia segregada (pista ciclável).
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- CIMAL
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais entidades empregadoras
- Escolas
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
3.000.000 EUR.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
Construir uma ponte pedociclável entre Montenegro e o Parque Ribeirinho de Faro.
Resultados Esperados
Como ainda não existe uma “cultura” do uso da bicicleta no município, considera-se importante oferecer uma infraestrutura segura para as deslocações recreativas como forma de estímulo inicial ao seu uso de forma mais global e generalizado. Ou seja, o resultado esperado é um aumento progressivo do uso da bicicleta de forma recreativa e daí partir para o uso nas deslocações pendulares.
FARO.12/16
Designação da Ação
- P12: Criar um sistema de ciclovias contínuo e devidamente hierarquizado através da implantação de 40 km de infraestrutura ciclável;
- P16: Implementar os sinais de trânsito previstos no Código de Estrada.
Objetivos Estratégicos
Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual.
Objetivos Específicos
- Potenciar o uso da bicicleta como principal modo de deslocação nas deslocações com distâncias compreendidas entre 1 e 4 km;
- Oferecer todas as condições para a utilização da bicicleta em segurança, especialmente através da construção de infraestrutura para o seu uso, nomeadamente faixas e pistas cicláveis, com prioridade para aquelas que liguem os principais polos geradores de tráfego e as que conectem terminais ou paragens de transporte coletivo;
- Implementar infraestrutura de apoio ao uso da bicicleta.
Descrição
A rede ciclável proposta interliga os principais polos geradores de tráfego, zonas habitacionais e equipamentos de utilização pública, conectando as principais concentrações de vivências e dinâmicas sociais. A rede abrange equipamentos de transporte, ação social, administração, alojamentos, comércio, ensino e investigação, espaços desportivos, religiosos, de saúde, de segurança e cultura e lazer, aproveitando o potencial paisagístico e ambiental, bem como os valores patrimoniais existentes.
A rede proposta compõe-se por 63 arruamentos (descritos na Tabela 3 do relatório), dos quais inclui:
- Av. Cidade Hayward;
- Av. Calouste Gulbenkian;
- Ligação Parque Ribeirinho – Aeroporto;
- Ligação Aeroporto – Praia de Faro;
- Rua da Universidade;
- Largo São Francisco;
- Av. José Maria Nunes;
- Estrada da Praia;
- Av. Dr. Gordinho Moreira, entre outros.
Seguidamente, identificaram-se as tipologias de ciclovias existentes passíveis de serem aplicadas nos arruamentos identificados.
Sugere-se ainda, a aplicação dos sinais de trânsito previstos no Código de Estrada, com especial cuidado nas interseções entre as ciclovias e as vias para automóveis.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Infraestruturas de Portugal
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais entidades empregadoras
- Escolas
Temporalidade
Curto/Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
- P12: 6.000.000 EUR
- P13: 120 EUR/unidade.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
Construir uma ponte pedociclável entre Montenegro e o Parque Ribeirinho de Faro.
Resultados Esperados
Aumentar as condições oferecidas ao modo ciclável, especialmente a segurança no convívio com os automóveis, e consequentemente aumentar a percentagem da divisão modal correspondente a este modo, designadamente nas deslocações pendulares.
FARO.13
Designação da Ação
P13 | Implementar infraestrutura de apoio ao uso da bicicleta.
Objetivos Estratégicos
Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual.
Objetivos Específicos
- Potenciar o uso da bicicleta como principal modo de deslocação nas deslocações com distâncias compreendidas entre 1 e 4 km;
- Implementar infraestrutura de apoio ao uso da bicicleta;
- Exigência da implantação de lugares de estacionamento para bicicletas em todos os novos empreendimentos residenciais e comerciais.
Descrição
Recomenda-se que sejam implementadas infraestruturas de apoio ao uso da bicicleta em todo a cidade. Estas infraestruturas compreendem elementos como cicloparques, bebedouros, sinalização, locais para troca de roupa e mapas com informações. É proposto um número mínimo de lugares de estacionamento para bicicletas em todos os novos empreendimentos residenciais (dois lugares de estacionamento) e comerciais (um lugar de estacionamento para bicicletas para cada vinte lugares de estacionamento para automóveis).
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
1.500 EUR/unidade.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
A implementação de infraestrutura ciclável não é suficiente para a captação de novos utilizadores do modo ciclável. Estudos internacionais demonstram que é igualmente essencial a implantação de infraestrutura de apoio. O resultado esperado é, portanto, contribuir para o aumento da divisão modal correspondente a este modo de transporte.
FARO.15
Designação da Ação
P15 | Implementar um sistema de partilha de bicicletas (bikesharing).
Objetivos Estratégicos
Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual.
Objetivos Específicos
Potenciar o uso da bicicleta como principal modo de deslocação nas deslocações com distâncias compreendidas entre 1 e 4 km.
Descrição
Propõe-se a implementação de 13 pontos de partilha de bicicletas (número que deve ser posteriormente ampliado, consoante as necessidades), sendo que a localização dos mesmos levou em consideração critérios de abrangência geográfica e conexão com polos geradores de tráfego (no relatório ver Figura 57). Cada ponto deve conter, no mínimo, 5 bicicletas. Deverá ser estudada a possibilidade de, pelo menos parte das mesmas, serem elétricas.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- CIMAL
- Operadoras Turísticas
- Escolas
- Associações de residentes e comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
170.500 EUR.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Criar um sistema de ciclovias contínuo e devidamente hierarquizado através da implantação de 40 km de infraestrutura ciclável.
Resultados Esperados
Ao se disponibilizar bicicletas, com preço de utilização simbólico, numa cidade sem tradição do seu uso regular por parte dos seus residentes (daí se recomendar que este sistema seja disponibilizado logo após a execução da primeira fase da rede de ciclovias), espera-se contribuir para o aumento da percentagem da divisão modal correspondente a este modo de transporte. Uma outra vertente pretendida e esperada é o aumento do uso da bicicleta pelos turistas que visitam a cidade.
FARO.17
Designação da Ação
P17 | Integrar a bicicleta com o sistema de Transporte Coletivo Rodoviário.
Objetivos Estratégicos
- Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE;
- Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;
- Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte;
Objetivos Específicos
-
Integrar o sistema de transporte coletivo rodoviário com todos os outros modos de transporte. Levando em consideração a implementação da nova estrutura ciclável da cidade, deve ter-se especial atenção com a integração da bicicleta, tanto em termos da implementação de lugares de estacionamento para a mesma, como na permissão do transporte de bicicletas em alguns autocarros de determinadas linhas, em especial naquelas que fazem as ligações entre os núcleos urbanos mais distantes;
-
Implementar infraestrutura de apoio ao uso da bicicleta;
-
Mais do que multimodalidade (existência de diversos modos de transporte), pretende-se que haja intermodalidade (integração desses mesmos modos). Destacam-se os sistemas park&ride e bike&ride, a possibilidade de transporte de bicicletas nos autocarros, a implementação de plataformas intermodais e a integração da bilhética.
Descrição
Esta ação apresenta algumas formas de integração da bicicleta com o Transporte Público, nomeadamente a oferta de lugares de estacionamento nas paragens (bike&ride) e a possibilidade de transporte de bicicletas nos autocarros (ou em equipamento específico localizado no exterior do autocarro ou no interior do mesmo quando não exceder um determinado número de utilizadores – recomenda-se como limite o número de lugares sentados).
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Operadoras de Transporte
Temporalidade
Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Aumento da área de influência das paragens e aumento do uso da bicicleta e do transporte público. Numa cadeia de deslocações as pessoas utilizariam o modo que melhores condições oferecessem, especialmente em termos de tempo de percurso.
FARO.18
Designação da Ação
P18 | Elaborar um Plano de Circulação e Estacionamento e, consequentemente, um Plano Municipal de Ciclovias
Objetivos Estratégicos
- Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;
- Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte;
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
De acordo com os objetivos estratégicos referidos para esta ação, contribui para a persecução de todos os objetivos específicos.
Descrição
Enquanto o presente Plano de Mobilidade oferece diretrizes e medidas gerais para a promoção dos modos sustentáveis, o Plano de Circulação e Estacionamento iria permitir passar, tendo por base as propostas apresentadas neste Plano, de um nível macro para um nível mais detalhado de medidas, podendo até chegar ao nível de projeto, incluindo igualmente um diagnóstico mais robusto.
Contudo, importa que este Plano não seria um fim em si mesmo, mas sim um meio para se elaborar um Plano Municipal de Ciclovias (Masterplan), com a definição das fases de intervenção e as tipologias de ciclovia mais indicadas para cada via.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- CIMAL
- Operadores de Transporte
- Escolas
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Nível mais detalhado de propostas.
FARO.19
Designação da Ação
P19 | Aumentar a cobertura temporal do sistema de Transporte Coletivo Rodoviário.
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
- Adequar os níveis de serviço e conforto do sistema de transporte coletivo rodoviário, e respetivas frequências de circulação, à procura, considerando a capacidade do material circulante e otimizando os tempos de percurso entre a origem e o destino das deslocações;
- Os autocarros, sendo o modo de transporte público mais utilizado no município, deverão possuir o maior número possível de vias reservadas, com um enfoque especial nas vias com maior procura, e disponibilizar um serviço em todos os períodos horários.
Descrição
Um dos principais motivos para as pessoas deixarem de utilizar o transporte público é não terem acesso ao mesmo sempre que desejarem, nomeadamente nos períodos em que existe um menor número de deslocações pendulares para a maioria da população, ou seja, nos períodos em que a oferta de transporte público costuma ser mais reduzida.
Apesar do automóvel ser imbatível em termos de flexibilidade temporal, o sucesso da transferência modal do último para o transporte público passa, em grande medida, pela oferta de percursos em todos os períodos do dia, semana e ano (a oferta é um forte indutor da procura). Assim, recomenda-se o aumento da cobertura temporal no período noturno, aos fins-de-semana e nos períodos de férias escolares.
Entidades Responsáveis
- C. M. de FARO
- Operadores de Transporte
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
- Escolas
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Aumentar a cobertura temporal e espacial do sistema de transporte coletivo rodoviário da cidade e assim contribuir para um aumento da percentagem de divisão modal correspondente a este modo.
FARO.20
Designação da Ação
P20 | Implementar um sistema flexível de Transporte Coletivo Rodoviário nos territórios de baixa procura.
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
- Adequar os níveis de serviço e conforto do sistema de transporte coletivo rodoviário, e respetivas frequências de circulação, à procura, considerando a capacidade do material circulante e otimizando os tempos de percurso entre a origem e o destino das deslocações;
- Os autocarros, sendo o modo de transporte público mais utilizado no município, deverão possuir o maior número possível de vias reservadas, com um enfoque especial nas vias com maior procura, e disponibilizar um serviço em todos os períodos horários;
- O sistema de transporte público do município deve ser sustentável financeiramente.
Descrição
O transporte flexível (ou transporte flexível a pedido) é um híbrido entre o táxi e o transporte coletivo convencional, tendo as vantagens relativas à flexibilidade (temporal e espacial) do primeiro e as vantagens dos custos reduzidos do segundo. O nível de flexibilidade varia consoante os objetivos pretendidos: existem sistemas com rotas ou horários fixos, rotas parcialmente fixas e ainda, no limite, um serviço porta-a-porta (com um nível de complexidade e de custos maior que os primeiros).
O transporte flexível encontra-se previsto no novo regime jurídico do serviço público de transporte de passageiros, devendo ser estudado qual o tipo de sistema flexível mais adaptado ao município.
As populações de núcleos urbanos como Estói, Conceição ou Santa Bárbara de Nexe (territórios com baixas densidades de ocupação) poderiam ser significativamente beneficiadas com este sistema, promovendo-se igualmente a sustentabilidade financeira do transporte coletivo do município.
O transporte flexível, mais direcionado para as deslocações não pendulares, seria o complemento da atual linha de transporte coletivo rodoviário, mais vocacionada para as deslocações pendulares.
Com este tipo de transporte será possível implementar linhas diretas entre freguesias limítrofes, sem necessidade de se passar sempre pela União de Freguesias de Faro, e sem afetar a sustentabilidade financeira do sistema.
Entidades Responsáveis
- C. M. de Faro.
- Operadores de Transporte
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
300.000 EUR.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Através do estabelecimento de um sistema de transporte flexível pretende-se aumentar a flexibilidade temporal do Transporte Coletivo Rodoviário, sem pôr em causa a sustentabilidade financeira do sistema, já que este se adequa à procura efetiva. Prevê-se um aumento da procura de deste modo de transporte e, consequentemente, uma menor utilização do transporte individual.
FARO.21
Designação da Ação
P21 | Implementar uma linha de transporte coletivo em canal próprio de alta capacidade.
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
Implementar linhas de alta capacidade nas linhas de desejo potencial.
Descrição
A implementação de uma linha de transporte coletivo em canal próprio tem como objetivo conectar os polos geradores de tráfego mais importantes da cidade, especialmente o Polo Universitário de Gambelas e o Aeroporto, que ainda carecem de uma ligação de qualidade ao centro da cidade em transporte público.
No caso de Faro pensa-se fazer sentido estruturar as alternativas em dois grandes grupos:
- Sistema ferroviário ligeiro: estão incluídos neste tipo de sistemas os metros ligeiros e os elétricos (tram). São menos intrusivos no ambiente urbano do que os corredores dedicados de autocarros, contudo apresentam custos de implementação superiores;
- Sistema de autocarros em corredor dedicado: sistema de transporte coletivo de passageiros em autocarros por meio de infraestrutura segregada, também designado por BRT (Bus Rapid Transit), com prioridade nos cruzamentos. Normalmente têm um design e marketing diferenciados do restante sistema de transporte coletivo e as paragens são ao nível do piso dos autocarros de forma a reduzir os tempos de embarque. Usualmente têm uma lotação inferior ao sistema ferroviário ligeiro.
A análise da procura atual de transporte coletivo rodoviário e da procura potencial associada a uma ligação complementar ao sistema ferroviário convencional no interior da cidade de Faro 12 realça que não existe procura para a implementação de um sistema ferroviário ligeiro. Assim sendo, recomenda-se que se inicie o sistema por corredores dedicados em transporte coletivo rodoviário (numa primeira fase até poderão não estar integrados num sistema BRT propriamente dito, ou seja, sem prioridade nos cruzamentos e sem paragens ao nível do piso dos autocarros) e posteriormente, no caso de a procurar aumentar para níveis que o justifiquem, se passe para um sistema ferroviário ligeiro.
Prevê-se igualmente uma relocalização do percurso da linha de caminho- de-ferro de forma a diminuir o efeito barreira causado pelo mesmo (ambas as alternativas propostas são menos intrusivas do que o atual sistema ferroviário).
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Infraestruturas de Portugal
- Operadoras de transporte
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
- Escolas
Temporalidade
Longo prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
Criar uma plataforma intermodal.
Resultados Esperados
Através do estabelecimento corredores dedicados para o transporte público, espera-se contribuir para reduções dos tempos de deslocação para os seus utilizadores, oferecem uma vantagem competitiva em relação ao veículo individual motorizado, e assim aumentar a atratividade do sistema.
FARO.22/23/24
Designação da Ação
- P22: Apresentar os horários em todas as paragens de Transporte Coletivo Rodoviário;
- P23: Disponibilizar informação em tempo real acerca dos horários de chegada dos autocarros;
- P24: Melhorar as condições de conforto e acessibilidade das paragens;
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
As paragens e material circulante do sistema devem contar com um bom sistema de informação e ser confortáveis e acessíveis de forma universal, incluindo no acesso à informação.
Descrição
Com estas ações pretende-se dotar todas as paragens de boas condições de conforto, nomeadamente através da colocação de abrigos, e um bom sistema de informação (a apresentação dos horários de chegada dos autocarros é considerado fundamental) e torná-las acessíveis universalmente. É igualmente recomendado que se formalizem todas as paragens e que se unifique a sua imagem (na fase de caracterização e diagnóstico foi identificado que nem todas as paragens são formalizadas e a inexistência de uma imagem unificada).
Desta forma, foram elencados uma série de parâmetros que deverão estar presentes em todas as paragens.
Entidades Responsáveis
- C. M. de Faro
- Operadores de Transporte
Outras Entidades a envolver
- CIMAL
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Com as melhorias propostas, espera-se contribuir para um sistema de transportes públicos acessível universalmente, com um bom sistema de informação e com elevadas condições de conforto e assim aumentar a atratividade do sistema, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiência visual.
FARO.25
Designação da Ação
P25 | Implementar um sistema de bilhética integrada e estabelecer novas modalidades de tarifação.
Objetivos Estratégicos
- Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE;
- Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;
- Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte.
Objetivos Específicos
- Integrar o sistema de transporte coletivo rodoviário com todos os outros modos de transporte. Levando em consideração a implementação da nova estrutura ciclável da cidade, deve ter-se especial atenção com a integração da bicicleta, tanto em termos da implementação de lugares de estacionamento para a mesma, como na permissão do transporte de bicicletas em alguns autocarros de determinadas linhas, em especial naquelas que fazem as ligações entre os núcleos urbanos mais distantes;
- Potenciar o uso da bicicleta como principal modo de deslocação nas deslocações com distâncias compreendidas entre 1 e 4 km;
- Mais do que multimodalidade (existência de diversos modos de transporte), pretende-se que haja intermodalidade (integração desses mesmos modos). Destacam-se os sistemas park&ride e bike&ride, a possibilidade de transporte de bicicletas nos autocarros, a implementação de plataformas intermodais e a integração da bilhética;
Descrição
Uma das formas mais efetivas de se promover a intermodalidade é através da implementação de uma bilhética integrada. No concelho de Faro pensa-se fazer sentido uma bilhética integrada entre o transporte coletivo, sistema proposto de bikesharing e parques dissuasores. Considera-se que o transporte coletivo rodoviário e marítimo devem ser integrados, ou seja, os bilhetes do transporte coletivo poderiam ser usados tanto no serviço realizado por autocarros como por barcos.
Recomenda-se que, um bilhete simples de transporte coletivo seja é compatível de ser integrado com o sistema de partilha de bicicletas. Para os residentes interessados na utilização do sistema de partilha de bicicletas propõe-se um pagamento anual simbólico. Portanto, além da integração entre o transporte coletivo marítimo e rodoviário, apenas faz sentido serem integrados num passe mensal os parques dissuasores e o transporte coletivo. Propõe-se que com o passe do transporte público seja possível estacionar gratuitamente nos parques dissuasores.
Propõe-se ainda o estabelecimento de novas modalidades de tarifação, devidamente adaptadas às diferentes necessidades dos diferentes grupos, especialmente dos turistas e pessoas que se deslocam à cidade em negócios, através de passes pré-comprados para um, dois ou três dias.
Entidades Responsáveis
- C. M. de Faro
- Operadores de Transporte
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
Implementar um sistema de partilha de bicicletas (bikesharing).
Resultados Esperados
Com a integração, em termos de bilhética, da bicicleta com o transporte coletivo espera-se potenciar o uso dos dois modos de transporte: numa cadeia de deslocações as pessoas utilizariam o modo que melhores condições oferecessem, especialmente em termos de tempo de percurso. Espera-se igualmente contribuir para o aumento dos utilizadores do sistema de Transporte Público, especialmente turistas, através do estabelecimento de novas modalidades de tarifação adaptadas a este grupo.
FARO.26/27
Designação da Ação
- P26: Preparar o sistema de informação do Transporte Coletivo Rodoviário para pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiência visual, com avisos sonoros e informação em braille;
- P27: Readequar o terminal existente às necessidades das pessoas com mobilidade reduzida.
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
As paragens e material circulante do sistema devem contar com um bom sistema de informação e ser confortáveis e acessíveis de forma universal, incluindo no acesso à informação.
Descrição
Com esta ação pretende-se dotar o Transporte Coletivo Rodoviário com um sistema de informação acessível de forma universal. Desta forma, foram elencados uma série de parâmetros relativos ao sistema de informação que deverão estar presentes em todas as paragens e material circulante. Recomenda-se ainda, readequar o terminal urbano, uma vez que impossibilita, em alguns cais de embarque, a entrada nos autocarros de pessoas em cadeiras de rodas.
Entidades Responsáveis
- C. M. de Faro
- Operadores de transportes
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes ' Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
Melhorar as condições de conforto e acessibilidade das paragens.
Resultados Esperados
Com as melhorias propostas, espera-se contribuir para um sistema de informação acessível universalmente e assim aumentar a atratividade do sistema de Transporte Coletivo Rodoviário, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiência visual.
FARO.28
Designação da Ação
P28: Promover a ampliação da frota de táxis de forma a colmatar a possível oferta insuficiente dos mesmos nos meses de verão.
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
Incentivar o aumento da taxa de utilização dos táxis, em substituição do veículo individual motorizado, especialmente nas viagens não incluídas nos movimentos pendulares.
Descrição
Na fase de estudo de caracterização e diagnóstico verificou-se que o número de táxis existente no Município é inferior ao recomendado pela bibliografia internacional, facto esse que se tende a agravar nos meses de verão. Assim, recomenda-se que seja feito um estudo acerca da procura deste modo de transporte, verificando a potencial necessidade de aumento da frota.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Operadores de Transporte
- Associações de Residentes e Comerciantes
Temporalidade
Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Com o aumento da frota de táxis espera-se diminuir a necessidade da posse de automóveis.
FARO.29
Designação da Ação
P29: Realizar um estudo operacional relativo ao Transporte Coletivo Rodoviário que leve em consideração o novo Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros.
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
- Adequar os níveis de serviço e conforto do sistema de transporte coletivo rodoviário, e respetivas frequências de circulação, à procura, considerando a capacidade do material circulante e otimizando os tempos de percurso entre a origem e o destino das deslocações;
- Os autocarros, sendo o modo de transporte público mais utilizado no município, deverão possuir o maior número possível de vias reservadas, com um enfoque especial nas vias com maior procura, e disponibilizar um serviço em todos os períodos horários;
- Integrar o sistema de transporte coletivo rodoviário com todos os outros modos de transporte. Levando em consideração a implementação da nova estrutura ciclável da cidade, deve ter-se especial atenção com a integração da bicicleta, tanto em termos da implementação de lugares de estacionamento para a mesma, como na permissão do transporte de bicicletas em alguns autocarros de determinadas linhas, em especial naquelas que fazem as ligações entre os núcleos urbanos mais distantes;
- O sistema de transporte público do município deve ser sustentável financeiramente;
- As paragens e material circulante do sistema devem contar com um bom sistema de informação e ser confortáveis e acessíveis de forma universal, incluindo no acesso à informação.
Descrição
Para o nível das propostas referentes ao Transporte Coletivo Rodoviário ser mais aprofundado torna-se necessário a realização de um estudo operacional vocacionado exclusivamente para este modo de transporte. Desta forma será possível considerar as propostas presentes neste Plano, nomeadamente as relativas à implementação da plataforma intermodal, e o novo Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros.
Entidades Responsáveis
- C. M. de Faro
- AMAL
Outras Entidades a envolver
Operadores de Transporte.
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
70.000 EUR.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Nível de propostas relativas ao Transporte Público mais detalhado, nomeadamente no que se refere a programação horária, e considerando o novo Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros (RJSPTP).
Para mais informações e documentos relacionados com o RJSPTP ver a página do Instituto de Mobilidade e Transportes: Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros.
FARO.30
Designação da Ação
P30 | Implementar uma linha de minibus no centro histórico da cidade de Faro.
Objetivos Estratégicos
Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE.
Objetivos Específicos
Adequar os níveis de serviço e conforto do sistema de transporte coletivo rodoviário, e respetivas frequências de circulação, à procura, considerando a capacidade do material circulante e otimizando os tempos de percurso entre a origem e o destino das deslocações.
Descrição
Este serviço pretende proporcionar melhores condições de mobilidade no centro histórico da cidade, onde o perfil das vias é mais estreito, assim como de segurança e conforto, promovendo a utilização do transporte público em detrimento do individual.
Basicamente, este sistema consiste na implementação de um serviço de táxi coletivo com itinerário fixo (eventualmente podem haver pequenos desvios, consoante as necessidades). Dentro do percurso pré-definido (que pode estar marcado no chão através de uma linha de cor diferenciada), o minibus deixa o utente onde este desejar.
O percurso deve incidir especialmente nas ruas pedonais da cidade, portanto as velocidades praticadas têm de ser bastante reduzidas. Recomenda-se que o material circulante seja elétrico, indo ao encontro das boas práticas do município neste aspeto.
Em termos de tarifário, não deve haver distinção do praticado nas restantes linhas do transporte coletivo rodoviário, podendo-se estudar a possibilidade de este serviço ser gratuito para os residentes no centro histórico.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Operadores de Transporte
- Associações de Residentes e Comerciantes
Temporalidade
Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Este serviço é especialmente vocacionado para os residentes do centro histórico (do qual se destaca a Vila Adentro), idosos, pessoas com mobilidade reduzida e turistas, promovendo-se a atratividade do centro histórico e dinamizando-se o comércio local.
FARO.33
Designação da Ação
P33 | Implementar novas vias.
Objetivos Estratégicos
Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Objetivos Específicos
Diminuir o tráfego de atravessamento de automóveis, processo no qual a aplicação de vias de sentido único tem um papel fundamental, através do aumento das distâncias de viagem, assim como o estabelecimento de anéis viários.
Descrição
Nesta ação é proposto a implementação de novas vias, em consonância com o Plano Diretor Municipal.
As vias propostas são:
- Variante à EN2;
- Variante à ER2-6;
- 3a Circular de Faro;
- Av. Nascente a Sta. Bárbara;
- Av. Poente a Sta. Bárbara;
- Av. Estruturante de Gambelas;
- Circular Sul de Montenegro;
- Rua A;
- Via de acesso ao IKEA.
Entidades Responsáveis
- C. M. de Faro.
- Infraestruturas de Portugal.
Outras Entidades a envolver
- AMAL
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
11.200.000 EUR.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Aumentar a fluidez do tráfego e melhorar o acesso a vias locais, acompanhando a expansão da cidade e diminuindo o tráfego de atravessamento.
FARO.34
Designação da Ação
P34 | Definir uma nova hierarquia viária.
Objetivos Estratégicos
- Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte;
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Objetivos Específicos
- Discriminar positivamente os modos sustentáveis de transporte em relação aos modos motorizados individuais, especialmente através da implementação do princípio da permeabilidade filtrada (elevada permeabilidade para os modos sustentáveis e reduzida para o automóvel);
- Implementar medidas progressivas, temporal e espacialmente, universais ou descriminando positivamente alguns segmentos populacionais ou atividades econômicas, de restrição à permanência e circulação de automóveis no município. Estas medidas incluem técnicas de acalmia de tráfego, implementação do conceito zona 30, proibição de automóveis em algumas áreas da cidade temporária ou permanentemente e eventos que impliquem a interrupção do tráfego automóvel;
- Diminuir o tráfego de atravessamento de automóveis, processo no qual a aplicação de vias de sentido único tem um papel fundamental, através do aumento das distâncias de viagem, assim como o estabelecimento de anéis viários.
Descrição
Propõe-se uma nova hierarquia viária, de modo a desenvolver uma rede concelhia estruturada e funcional, imputando aos eixos da rede funções distintas, consoante a importância que cada via tem para as deslocações dentro do concelho e para fora deste, e considerando os eixos previstos para o Concelho. A proposta de hierarquização contempla quatro níveis de vias (existentes e propostas). As principais diferenças para a atual hierarquia são:
- Com a conclusão da segunda fase da variante EN125, o segundo anel passa de distribuidora principal para distribuidora local;
- Já relativamente à EN2, com a construção da variante à mesma, desce um nível hierárquico, de distribuidora principal para distribuidora local;
- Outra diferença refere-se ao aglomerado urbano de Estói, em que a ER2-6, entre as interseções com a EN2 e a EM516, desce igualmente um nível hierárquico, de distribuidora principal para distribuidora local.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Com a descida dos níveis hierárquicos de algumas vias espera-se que estas fiquem mais humanizadas e adaptadas a funções urbanas (com velocidades máximas inferiores às praticadas atualmente) e contribuir para a redução do tráfego de atravessamento.
FARO.35
Designação da Ação
P35 | Aplicar medidas de acalmia de tráfego.
Objetivos Estratégicos
Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Objetivos Específicos
- Implementar medidas progressivas, temporal e espacialmente, universais ou descriminando positivamente alguns segmentos populacionais ou atividades econômicas, de restrição à permanência e circulação de automóveis no município. Estas medidas incluem técnicas de acalmia de tráfego, implementação do conceito zona 30, proibição de automóveis em algumas áreas da cidade temporária ou permanentemente e eventos que impliquem a interrupção do tráfego automóvel;
- Diminuir o tráfego de atravessamento de automóveis, processo no qual a aplicação de vias de sentido único tem um papel fundamental, através do aumento das distâncias de viagem, assim como o estabelecimento de anéis viários.
Descrição
As medidas de acalmia de tráfego consistem essencialmente em alterações físicas à geometria das vias (nomeadamente deflexões horizontais e verticais), cujo principal objetivo é reduzir as velocidades praticadas. Nesta ação são elencadas uma série de medidas consideradas de acalmia de tráfego.
Estas medidas devem ser aplicadas em bairros residenciais, nas vias locais, em zonas envolventes de vias escolares ou hospitalares e em zonas que se pretendem proteger do tráfego de atravessamento.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
- Escolas
- Operadores de Transporte
Temporalidade
Médio/longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Com a aplicação de medidas de acalmia de tráfego espera-se:
- Reduzir a poluição sonora e atmosférica;
- Limitar o tráfego de atravessamento;
- Diminuir o consumo de combustível;
- Reduzir as velocidades dos veículos;
- Diminuir os acidentes;
- Estabelecer um ambiente mais humanizado e particularmente seguro para os utilizadores.
FARO.36
Designação da Ação
P36 | Implementar Zonas 30.
Objetivos Estratégicos
- Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte;
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Objetivos Específicos
- Discriminar positivamente os modos sustentáveis de transporte em relação aos modos motorizados individuais, especialmente através da implementação do princípio da permeabilidade filtrada (elevada permeabilidade para os modos sustentáveis e reduzida para o automóvel);
- Implementar medidas progressivas, temporal e espacialmente, universais ou descriminando positivamente alguns segmentos populacionais ou atividades econômicas, de restrição à permanência e circulação de automóveis no município. Estas medidas incluem técnicas de acalmia de tráfego, implementação do conceito zona 30, proibição de automóveis em algumas áreas da cidade temporária ou permanentemente e eventos que impliquem a interrupção do tráfego automóvel;
- Diminuir o tráfego de atravessamento de automóveis, processo no qual a aplicação de vias de sentido único tem um papel fundamental, através do aumento das distâncias de viagem, assim como o estabelecimento de anéis viários.
Descrição
As zonas 30 são áreas definidas de circulação homogénea, onde a velocidade é limitada a 30 km/h e onde as entradas e saídas são indicadas por sinalização e são objeto de ordenamento específico. Aproveita-se para fazer uma requalificação dos espaços tendo em vista uma Mobilidade Sustentável. Ou seja, as zonas 30 são uma das tipologias de intervenção integrada de acalmia de tráfego.
A Figura 76 do relatório apresenta a localização das áreas onde é possível a implementação das Zonas 30.
Entidades Responsáveis
C .M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
- Escolas
- Operadores de Transporte
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
11.000.000 EUR.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Com a implementação das Zonas 30 espera-se obter bairros residenciais mais humanizados, em que o foco está na pessoa e não no veículo, com todas as vantagens que daí advém, nomeadamente:
- Estabelecimento de um ambiente particularmente seguro para os utilizadores mais vulneráveis do espaço público, isto é, peões e ciclistas;
- Redução das velocidades dos veículos;
- Diminuição dos acidentes;
- Redução da poluição sonora e atmosférica;
- Limitação do tráfego de atravessamento;
- Diminuição do consumo de combustível.
FARO.37
Designação da Ação
P37 | Promoção dos modos sustentáveis de transporte no acesso à Ilha de Faro.
Objetivos Estratégicos
- Promover o Transporte Público ecológico como principal vetor das políticas de mobilidade urbana, com o intuito de reduzir as emissões de GEE;
- Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;
- Promover o modo pedonal;
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
- Integrar o sistema de transporte coletivo rodoviário com todos os outros modos de transporte. Levando em consideração a implementação da nova estrutura ciclável da cidade, deve ter-se especial atenção com a integração da bicicleta, tanto em termos da implementação de lugares de estacionamento para a mesma, como na permissão do transporte de bicicletas em alguns autocarros de determinadas linhas, em especial naquelas que fazem as ligações entre os núcleos urbanos mais distantes;
- Potenciar o uso da bicicleta como principal modo de deslocação nas deslocações com distâncias compreendidas entre 1 e 4 km;
- Disponibilizar infraestrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei;
- Racionalizar o uso do transporte individual principalmente nos percursos inferiores a 4 km;
- Substituir progressivamente o estacionamento existente nas áreas centrais da cidade por bolsas nos limites das mesmas, ao invés da garantia de acesso dos veículos a cada serviço.
Descrição
A limitação do número de veículos que entra na ilha e a consequente redução da necessidade de estacionamento seria uma oportunidade para a revitalização deste espaço, tornando-o num local mais agradável para a prática de turismo.
Em época alta, o tráfego de veículos individuais motorizados para a Ilha de Faro deve ser limitado a residentes, operações de cargas e descargas, veículos prioritários, acesso ao parque de campismo e determinados grupos de atividades económicas, nomeadamente os pescadores.
Por uma questão de coerência e integração de medidas, torna-se imprescindível a implementação de um parque de estacionamento no exterior da Ilha (construído no período que mediou entre a fase de caracterização e diagnóstico e a que ora se apresenta), cuja localização pode ser observada na Figura 78 (tem uma capacidade entre 900 a 1000 lugares). O percurso pedonal entre este parque e a ilha deve ser revitalizado, sendo que os passeios devem ter uma largura considerável e estar preparados para uma acessibilidade universal.
Depois de ser feita uma análise à frequência das linhas de transporte coletivo rodoviário com percursos no eixo “parque de estacionamento- Ilha de Faro”, chegou-se à conclusão que a mesma é quase sempre superior a 15 minutos (tempo de deslocação médio a pé entre o parque proposto e a Ilha).
Propõe-se que, em época alta, o parque de estacionamento seja tarifado e que o preço inclua o serviço de transporte supracitado. Em época baixa, de forma a não se prejudicar a atividade económica da ilha, pode- se considerar a possibilidade de o parque de estacionamento ser gratuito e o acesso à ilha ser feito sem restrições. O parque de estacionamento localizado no interior da ilha (na entrada da mesma – ver Figura 79), que atualmente tem mais de 200 lugares, deverá ser repensado quanto à sua dimensão (estes lugares poderão substituídos, total ou parcialmente, pelo parque no exterior da Ilha).
Em todas as vias da ilha poderão circular bicicletas em coexistência com o tráfego automóvel. Assim, deverá ser implementado um número significativo de cicloparques (além do ponto de bikesharing já referido no capítulo relativo às bicicletas).
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Principais entidades empregadoras
- Operadores de Transporte
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
- Criar um sistema de ciclovias contínuo e devidamente hierarquizado através da implantação de 40 km de infraestrutura ciclável;
- Implementar um sistema de partilha de bicicletas (bikesharing) em pontos-chave da cidade;
- Criar parques de estacionamento nas entradas do perímetro urbano (dissuasores da entrada de automóveis na cidade), em coordenação com o sistema de Transporte Coletivo Rodoviário.
Resultados Esperados
Espera-se que o acesso à ilha seja preferencialmente realizado em modos sustentáveis, tornando-o num local mais agradável para a prática de turismo e sustentável ambientalmente.
FARO.38
Designação da Ação
P38 | Substituir progressivamente o estacionamento na via pública por parques.
Objetivos Estratégicos
- Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;
- Promover o modo pedonal;
- Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
- Oferecer todas as condições para a utilização da bicicleta em segurança, especialmente através da construção de infraestrutura para o seu uso, nomeadamente faixas e pistas cicláveis, com prioridade para aquelas que liguem os principais polos geradores de tráfego e as que conectem terminais ou paragens de transporte coletivo;
- Potenciar os passeios como um forte fator de socialização, além da sua função natural de circulação;
- Instituir os princípios do utilizador-pagador e poluidor-pagador no acesso aos diferentes modos de transporte;
- Considerar a gestão do sistema de estacionamento uma ferramenta com uma elevada preponderância relativa no alcance das metas e objetivos adotados, pois é uma das ações mais eficientes na gestão da mobilidade urbana rumo à sustentabilidade, fazendo-se sentir direta e imediatamente no utilizador do veículo motorizado individual;
- Substituir progressivamente o estacionamento existente na via pública da cidade por parques/garagens.
Descrição
Na fase de caracterização e diagnóstico observou-se Faro ainda não segue as melhores tendências internacionais relativamente ao sistema de estacionamento. Assim, recomenda-se que todos os lugares de estacionamento sejam demarcados com sinalização horizontal e vertical nos termos da legislação em vigor aplicável (Regulamento de Sinalização do Trânsito). A orientação dos lugares é, em alguns casos, igualmente deficiente.
Este Plano já promove a retirada do estacionamento existente na via pública de alguns locais (de forma a ser possível a implementação de espaço pedonais ou de ciclovias), nomeadamente na Estrada de São Luís, Rua do Alportel e Rua João Dias.
Recomenda-se que esta medida seja alargada a outras áreas da cidade, substituindo parte do estacionamento existente na via pública por parques, medida que deve ser integrada com a proposta seguinte, referente aos parques dissuasores localizados nas entradas da cidade.
A substituição por parques cobertos ou subterrâneos também é uma opção considerada interessante sob o ponto de vista da humanização do espaço urbano.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Um território mais humanizado, com mais espaço para os modos sustentáveis.
FARO.39
Designação da Ação
P39 | Criar parques de estacionamento nas entradas do perímetro urbano (dissuasores da entrada de automóveis na cidade), em coordenação com o sistema de Transporte Coletivo Rodoviário.
Objetivos Estratégicos
- Potenciar as condições para o uso da bicicleta nas deslocações pendulares, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;
- Promover a intermodalidade numa visão de conjunto e de integração entre todos os modos como forma de se maximizar o uso dos modos sustentáveis de transporte;
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
- Potenciar o uso da bicicleta como principal modo de deslocação nas deslocações com distâncias compreendidas entre 1 e 4 km;
- Mais do que multimodalidade (existência de diversos modos de transporte), pretende-se que haja promoção da intermodalidade (integração desses mesmos modos). Destacam-se o sistema park&ride e bike&ride, a possibilidade de transporte de bicicletas nos autocarros, a implementação de plataformas intermodais e a integração da bilhética;
- Racionalizar o uso do transporte individual principalmente nos percursos inferiores a 4 km;
- Substituir progressivamente o estacionamento existente nas áreas centrais da cidade por bolsas nos limites das mesmas, ao invés da garantia de acesso dos veículos a cada serviço.
Descrição
A maioria dos movimentos de entrada na cidade de Faro são realizados em transporte individual motorizado.
A proposta para a localização destes parques de estacionamento de longa duração teve em conta, de um modo geral os seguintes fatores: localização nas entradas da cidade, existência de oferta de transporte público urbano com elevada frequência, fácil acesso à rede viária urbana e interurbana, parques já existentes e disponibilidade de espaço. Propõe-se que os parques tenham inicialmente, no mínimo, 100 lugares (deverá ser reservado espaço para uma futura expansão).
Além dos parques situados nas entradas da cidade, propõe-se ainda, tal como já foi referido anteriormente, um parque dissuasor da entrada de veículos na ilha de Faro (este deverá conter entre 900 a 1000 lugares). Neste sentido, foram propostos cinco parques dissuasores (ver figura seguinte):
- Parque próximo à plataforma intermodal;
- Parque existente próximo ao Teatro das Figuras e Parque Ribeirinho;
- Parque próximo à entrada da EN2 na cidade;
- Parque próximo à antiga EN125 – eixo Faro-Olhão;
- Parque próximo da Ilha de Faro.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- CIMAL
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
250.000 EUR/parque.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Diminuir o número de carros a circular na cidade de Faro e aumentar a percentagem da divisão modal correspondente aos modos sustentáveis.
FARO.40
Designação da Ação
P40 | Reforçar o papel do estacionamento de duração limitada.
Objetivos Estratégicos
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
- Diminuir progressivamente a circulação de automóveis na zona central/histórica da cidade;
- Tarifar tendencial e progressivamente o estacionamento na via pública da área central da cidade, reforçando a rotatividade e aumentando a disponibilidade dos lugares disponibilizados.
Descrição
Atualmente existe um elevado número de lugares de estacionamento gratuito, o que induz a entrada de automóveis nos espaços mais centrais da cidade. A gestão do sistema de estacionamento, em particular a restrição da oferta ou a sua tarifação, é uma medida que o utilizador sente direta e imediatamente e que, portanto, tende a ser extremamente eficaz na utilização racional do automóvel.
Propõe-se que seja dada particular atenção ao estacionamento localizado dentro da área compreendida pelo segundo anel da cidade (nas vias onde já existe estacionamento), contudo, a eventual tarifação apenas deverá ser efetivada depois da implementação dos parques dissuasores e da criação de efetivas alternativas para a população. Neste sentido, a relação é bidirecional: a medida relativa ao park&ride só faz sentido de ser aplicada se o estacionamento nas áreas mais centrais (de maior pressão) for tarifado.
Recomenda-se igualmente a implementação de um parque de estacionamento de apoio à estação ferroviária e ao terminal rodoviário. Este parque deverá ser gratuito para quem apresentar um bilhete de transporte coletivo ferroviário ou rodoviário. Caso contrário deverá ser tarifado e contribuir para a oferta de estacionamento de curta duração. A Figura 85 do relatório apresenta a proposta relativa às vias com estacionamento tarifado e aos parques.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Diminuição do número de carros a circular no centro da cidade e aumento da percentagem da divisão modal correspondente aos modos sustentáveis.
FARO.41
Designação da Ação
P41 | Implementar zonas de estacionamento com tarifas diferenciadas.
Objetivos Estratégicos
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
- Diminuir progressivamente a circulação de automóveis na zona central/histórica da cidade;
- Tarifar tendencial e progressivamente o estacionamento na via pública da área central da cidade, reforçando a rotatividade e aumentando a disponibilidade dos lugares disponibilizados.
Descrição
A tarifação do estacionamento nas zonas mais centrais da cidade contribui para uma redução efetiva do número de veículos que estacionam por longos períodos de tempo e, consequentemente, induzirá um aumento da rotação dos veículos, permitindo-se, deste modo, que as áreas de elevada atração de viagens disponham de uma oferta constante de lugares. Por outro lado, a proposta da implementação de parques de estacionamento de longa duração nas entradas da cidade minimiza a entrada de veículos na cidade.
Neste contexto são propostas três zonas que se encontram delimitadas da seguinte forma:
- Zona de Alta Rotação (zona vermelha) – a área delimitada pelas vias que atualmente têm estacionamento tarifado (assumindo que são as áreas com maior procura) deverá constituir a zona de alta rotação, apresentando a tarifa mais elevada. Nesta zona encontra- se igualmente incluído, pela sua centralidade, o parque proposto para a zona envolvente da estação ferroviária/terminal rodoviário;
- Zona de Média Rotação (zona laranja) – Ponderar, mediante a política de estacionamento a concretizar em estreita relação com a estratégia global de mobilidade, a função a atribuir a esta segunda coroa de estacionamento compreendida pelo segundo anel;
- Zona de Baixa Rotação (zona verde) – parques dissuasores, com as tarifas mais reduzidas (ou eventualmente gratuito), devendo estas ter duas opções: preço apenas para o estacionamento e preço para o sistema Park&Ride13.
Deverá haver um equilíbrio das tarifas praticadas pelos diferentes tipos e regimes de oferta de estacionamento (via pública vs. parques; e concessão pública vs. privada), para que não exista uma grande disparidade de preços na mesma zona.
O critério para a definição de tarifas deverá ser efetuado em função das zonas em que o estacionamento se encontra e não se o mesmo é em parques privados ou públicos. Contudo, quando coexistem na mesma zona parques e lugares na via pública, os primeiros devem apresentar tarifas mais baixas.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Redução efetiva do número de veículos que estacionam por longos períodos de tempo e, consequentemente, induzirá um aumento da rotação dos veículos, permitindo-se, deste modo, que as áreas de elevada atração de viagens disponham de uma oferta constante de lugares.
FARO.42
Designação da Ação
P42 | Criar mecanismos que possibilitem a redução do estacionamento ilegal
Objetivos Estratégicos
- Promover o modo pedonal;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
- Disponibilizar infraestrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei;
- Potenciar os passeios como um forte fator de socialização, além da sua função natural de circulação;
- Criar mecanismos e melhorar a fiscalização do estacionamento por forma a diminuir o estacionamento ilegal;
Descrição
A implementação de barreiras físicas nos locais onde existe estacionamento ilegal é uma medida considerada fundamental de forma a se evitar que os veículos sobreponham os passeios. Atualmente, o tipo de barreira mais difundida são os pilaretes. Contudo, existem outros tipos de barreiras visualmente mais apelativas, que podem ser observadas nas Figura 90 do relatório. O reforço da fiscalização do estacionamento constitui também uma recomendação fundamental. A falta de civismo, associado a um desenho inadequado e à morfologia antiga de algumas zonas, leva a que o estacionamento ilegal, na cidade de Faro, seja uma das barreiras mais frequente à acessibilidade universal.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
- Substituir progressivamente o estacionamento na via pública por parques;
- Reforçar o papel do estacionamento de duração limitada;
- Criar parques de estacionamento nas entradas do perímetro urbano (dissuasores da entrada de automóveis na cidade), em coordenação com o sistema de Transporte Coletivo Rodoviário;
- Regulamentar as cargas e descargas no município.
Resultados Esperados
Redução do estacionamento ilegal e assim contribuir para a existência de percursos pedonais acessíveis e espaços humanizados.
FARO.43
Designação da Ação
P43 | Dimensionar corretamente o estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida.
Objetivos Estratégicos
Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
Dimensionar corretamente os lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e obrigar, em termos legais, à implementação de um lugar de estacionamento na via pública reservado a pessoas com deficiência, em zonas residenciais, sempre que requisitado por uma pessoa com mobilidade reduzida residente na área.
Descrição
Nesta ação é apresentado o dimensionamento correto dos lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida, nomeadamente próximo de equipamentos de saúde, desporto, lazer, ensino, serviços de administração pública e bairros residenciais.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Melhores condições para as pessoas contribuindo para a sua independência.
FARO.44
Designação da Ação
P44 | Criar lugares de estacionamento para cargas e descargas.
Objetivos Estratégicos
Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
Minimizar o impacto das operações de cargas e descargas na circulação de pessoas, tanto em veículos motorizados como não motorizados.
Descrição
A criação de lugares de estacionamento para cargas e descargas é fundamental para esta atividade não afetar a deslocação de pessoas, especialmente no modo pedonal, e o estacionamento de veículos particulares.
A importância desta medida é reforçada pela expansão das zonas pedonais nos meses de verão, o que implica que nem todos os estabelecimentos terão locais para cargas e descargas pertos dos mesmos. Recomenda-se que as operações de cargas e descargas apenas possam acontecer nos lugares reservados para o efeito.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Interdependências
- Regulamentar as cargas e descargas no município;
- Restringir os horários em que os veículos pesados podem circular nas zonas mais centrais da cidade.
Resultados Esperados
Redução da interferência das operações de carga e descarga com a circulação de pessoas no modo pedonal e o estacionamento de veículos particulares.
FARO.46
Designação da Ação
P46 | Restringir os horários em que os veículos pesados podem circular nas zonas mais centrais da cidade.
Objetivos Estratégicos
Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano.
Objetivos Específicos
Minimizar o impacto da circulação de mercadorias na circulação de pessoas, tanto em veículos motorizados como não motorizados.
Descrição
Os veículos pesados não devem poder circular nas zonas centrais da cidade em todos os períodos do dia. Assim sendo, sugere-se que os mesmos só possam circular nas áreas mais centrais da cidade nos seguintes horários: 10 às 12 horas e 15 às 17 horas.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Redução da interferência das operações de carga e descarga com a circulação de pessoas, tanto em veículos individuais como no modo pedonal.
FARO.47
Designação da Ação
P47 | Regulamentar as cargas e descargas.
Objetivos Estratégicos
- Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;
- Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da atual tendência de repartição modal.
Objetivos Específicos
- Minimizar o impacto da circulação de mercadorias na circulação de pessoas, tanto em veículos motorizados como não motorizados;
- Minimizar o impacto das operações de cargas e descargas na circulação de pessoas, tanto em veículos motorizados como não motorizados.
Descrição
Segundo o diagnóstico realizado na primeira fase do trabalho, relativamente à estrutura logística da cidade, verificou-se a necessidade de regulamentar as operações cargas e descargas. Assim, propõe-se a criação de uma regulamentação específica para cargas e descargas que enquadre legalmente as propostas apresentadas nas fichas anteriores.
Esta regulamentação deve conter, no mínimo, os seguintes aspetos:
- Zonas a afetar;
- Horários de funcionamento;
- Duração do estacionamento;
- Restrição temporal e espacial de circulação de veículos de pesados;
- Autorizações especiais de circulação.
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
Temporalidade
Curto/Médio Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
Informação não disponível.
Resultados Esperados
Contribuir para a diminuição da interferência das operações de cargas e descargas com a circulação de pessoas e em espaços que se pretendem de total prioridade ao peão. Espera-se igualmente enquadrar legalmente as propostas relativas a este tipo de operações.
FARO.14/31/32/45/48-58
Designação da Ação
-
P14: Promover medidas de incentivo ao uso da bicicleta nas deslocações entre casa e o trabalho;
-
P31: Promover e incentivar a implementação do serviço car-sharing e prever lugares de estacionamento para o mesmo;
-
P32: Promover e divulgar o sistema car-pooling;
-
P44: Promover a utilização de veículos menos poluentes para a distribuição de cargas nas zonas pedonais da cidade;
-
P48: Informar a população onde é aplicado o dinheiro arrecadado com os impostos diretos e indiretos sobre o uso/posse do automóvel, especialmente no que se refere à cobrança das multas e à tarifação do sistema de estacionamento;
-
P49: Informar os cidadãos dos custos reais do veículo individual motorizado, tanto para os utilizadores como para o poder público;
-
P50: Promover campanhas que salientem os benefícios do uso dos modos sustentáveis e de sistemas inovadores, tais como o táxi coletivo, car-sharing, car-pooling ou os transportes coletivos flexíveis;
-
P51: Distribuir mapas e roteiros diversos acerca de percursos pedonais, evidenciando as principais atrações/atividades de animação associadas;
-
P52: Realizar uma audiência pública para discussão de qualquer mudança significativa relativa à mobilidade;
-
P53: Explicar, nos meios de comunicação social, as medidas propostas neste Plano quando inseridas numa estratégia global de melhoria da qualidade de vida dos cidadãos;
-
P54: Divulgar periodicamente a progressão dos indicadores relativos às metas propostas;
-
P55: Disponibilizar periodicamente indicadores de satisfação da população em relação aos serviços de mobilidade existentes;
-
P56: Promover políticas de educação sobre respeito no trânsito (segurança rodoviária), apelando especialmente ao respeito dos automobilistas em relação aos ciclistas e aos peões e aumentando a perceção acerca da necessidade de conduzir de modo seguro e preventivo;
-
P57: Apostar em campanhas de educação sobre a eco-condução, realçando as suas vantagens;
-
P58: Fomentar o papel das empresas nas questões relativas à mobilidade urbana, especialmente através da flexibilização dos horários de trabalho, aplicação de planos de mobilidade para os seus trabalhadores, do favorecimento dos residentes do bairro onde operam nas políticas de contratação e na aplicação mais efetiva de videoconferências com as quais se reduz as necessidades de deslocação;
-
P59: Promover as entregas em casa e as suas vantagens;
-
P60: Implementar ações de sensibilização nas escolas para o uso dos modos suaves, especialmente o modo ciclável.
Objetivos Estratégicos
Fomentar a mudança de comportamentos e incentivar o uso dos modos sustentáveis nas empresas e nos munícipes através da informação, comunicação e educação.
Objetivos Específicos
- Organizar campanhas de educação e sensibilização, direcionadas para os munícipes e empresas, acerca da temática da mobilidade urbana sustentável;
- Envolver a população na implementação de novas medidas, informando e explicando as causas da necessidade da aplicação das mesmas e as suas implicações, tendo a preocupação de apresentar a visão global do que se pretende para o município.
Descrição
As ações de sensibilização e educação visam promover um maior conhecimento e compreensão das regras e situações de trânsito, potenciar um maior conhecimento acerca da temática da Mobilidade Sustentável, oferecer a visão estratégica do que se pretende para o Município, desenvolver competências através da prática e experiência e reforçar ou alterar atitudes para uma maior consciência do risco, da segurança pessoal e da segurança dos restantes utilizadores das vias.
Realmente, as alterações na gestão da infraestrutura, a adoção de medidas de acalmia de tráfego ou a melhoria do transporte público não constituem fatores únicos para garantir o sucesso de uma política de Mobilidade Sustentável. Desta forma, propõem-se uma série de ações de educação e informação, que podem ser realizadas nos mais diversos suportes (jornais, rádios, televisão, internet, outdoors, etc.).
Entidades Responsáveis
C. M. de Faro.
Outras Entidades a envolver
- Operadores de Transporte
- Associações de Residentes e Comerciantes
- Principais entidades empregadoras
- Escolas
Temporalidade
Curto/Médio/Longo Prazo.
Custo previsto
Informação não disponível.
Momentos de Avaliação e Monitorização
A cada 2 anos.
Fontes de Financiamento
- PORTUGAL 2020 - ALENTEJO 2020 - EIXO 2 - PI 10.v (85%), ver página 14 da Brochura do PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO ALENTEJO 2014-2020.
- Comparticipação municipal (15%)
Interdependências
Todas as ações contempladas no Plano.
Resultados Esperados
Envolvimento da população na implementação de novas medidas, reconhecimento de alguns comportamentos de risco no que se refere à mobilidade, aumento do conhecimento acerca das regras de trânsito e do conceito de mobilidade urbana sustentável e reconhecimento da importância da aposta em modos sustentáveis.
Cronograma do Programa de Ação de Faro
Figura 96 | Cronograma do Programa de Ação de Faro. Fonte: mpt®, 2016.