Disponibilizar os tempos de espera/andamento para peões nos semáforos dos atravessamentos pedonais.

Com a disponibilização dos tempos de espera/andamento para peões nos semáforos das passadeiras, potencia-se a redução dos níveis de ansiedade dos mesmos. Sugere-se começar a aplicação desta tecnologia (ver Figura 28) nas zonas com maior fluxo potencial de peões (Figura 5 - eixos prioritários pedonais).

Figura 28

Figura 28 | Exemplo de um semáforo para peões com tempos de espera/andamento.

Deslocações de bicicleta

Figura 29

Figura 29 | O espaço da bicicleta na cidade – imagens de referência. Fonte: Bike Rover.

A bicicleta surge como um veículo não poluente (ver Figura 30 e Figura 31), com elevada eficiência de espaço ocupado (ver Figura 30 barato tanto para o utilizador – ver Figura 32 – como para a entidade responsável pela implementação de infraestrutura), promotor de benefícios para a saúde e eficaz em termos de tempo para deslocações de curta distância (ver Figura 33), aumentado a zona de influência dos transportes públicos (ver Figura 34) e não sofrendo interferências dos congestionamentos.

As deslocações efetuadas de bicicleta são compatíveis com distâncias de 3 km, 5 km ou até mesmo 8 km. Levando-se em conta que na União Europeia 30% e 50% dos trajetos realizados com automóvel cobrem distâncias inferiores a 3 e 5 km, respetivamente, percebe-se que a bicicleta pode vir a desempenhar um papel relevante na mobilidade urbana.

Impacto
Consumo de espaço 100 100 10 8 1 6
Consumo de energia primária 100 100 30 0 405 34
CO2 100 100 29 0 420 30
Óxidos de azoto 100 15 9 0 290 4
Hidrocarbonetos 100 15 8 0 140 2
CO 100 15 2 0 93 1
Poluição atmosférica ambiental 100 15 9 0 250 3
Risco de acidente induzido 100 100 9 2 12 3

Figura 30 | Comparação dos diversos modos de transporte, sob ponto de vista ecológico, em relação ao automóvel particular para uma deslocação equivalente de pessoas/quilómetros. Fonte: Página 17, Quadro 1.1, CE, Cidades para Bicicletas Cidades de Futuro, 2000. Automóvel com catalisador. É necessário recordar que o catalisador apenas é eficaz quando o motor está quente. Nas curtas distâncias percorridas em cidade, não se pode contar com o real benefício antipoluição. Base = 100 (automóvel particular sem catalisador).

Tipo de impacto Magnitude
Descongestionamento das ruas 30%
Redução da poluição pelos veículos a motor (englobando todos os tipos) 25%
Redução das emissões de monóxido de carbono (CO) 36%
Redução das emissões de hidrocarbonetos (CH, apenas para os automóveis) 37%
Redução das emissões de dióxido de azoto (NO2) 56%
Redução do consumo de gasolina (apenas para os automóveis) 25%
Redução do número de pessoas afectadas pela poluição sonora 9%
Redução do efeito de barreira dos grandes eixos 42%

Figura 31 | Estimativa dos eventuais efeitos a longo prazo de uma política a favor da bicicleta em Graz, Áustria (252 000 habitantes). Fonte: Página 17, Quadro 1.2, CE, Cidades para Bicicletas Cidades de Futuro, 2000.

Rubrica Base de avaliação de custos Custos anuais (EUR)
Poluição atmosférica Custo adicional dos conversores catalíticos 220.000
Poluição atmosférica Custo adicional da gasolina sem chumbo 25.000
Ruído Imposto relativo à poluição sonora cobrado no combustível 10.000
Infraestruturas Taxas relativas ao espaço necessário para o estacionamento 3.100.000
Consumo energético Consumo médio 400.000
Congestionamentos Consumo suplementar devido a uma circulação não fluída durante 5 minutos por automóvel em média 485.000
Imobilização de recursos Recursos necessários para a produção de 15.000 veículos suplementares, repartidos por ano 160.000

Figura 32 | Cálculo das economias que a utilização da bicicleta permitiria nas deslocações entre o domicílio e o emprego em Groninga. Fonte: Página 17, Quadro 1.3, CE, Cidades para Bicicletas Cidades de Futuro, 2000.

Figura 33

Figura 33 | Comparação dos tempos de deslocação numa distância de 8 km (tempo contado porta-a-porta). Fonte: Página 11, CE, Cidades para Bicicletas Cidades de Futuro, 2000.

Modo Velocidade média Distância percordia em 10 minutos
5 km/h 0,8 km
20 km/h 3,2 km

Figura 34 | Zona de influência dos transportes públicos, com e sem integração com a bicicleta. A bicicleta pode contribuir para tornar os transportes públicos mais atraentes em virtude de uma melhor acessibilidade, com base numa duração de deslocação invariável de 10 minutos, a tomada em consideração da clientela susceptível de efectuar a primeira parte do trajecto em bicicleta multiplica por 15 a zona de influência de uma paragem de transportes públicos Fonte: Página 20, Quadro 1.4, CE, Cidades para Bicicletas Cidades de Futuro, 2000.